domingo, 26 de abril de 2009

Algumas actividades no âmbito do P.R.L.

A Biblioteca, como parte integrante da Escola, também participa no Plano Regional de Leitura.
Assim sendo, foram aí desenvolvidas actividades conducentes à motivação para a leitura e escrita, tendo em conta o que foi solicitado: fábulas, lendas e contos.
Alguns textos são originais, fruto da imaginaçáo e criatividade dos alunos.

"O Pombo e a Formiga" em B.D.




"O Coelhinho Branco" em B.D.


"O Príncipe do Mar" em B.D.



Texto em prosa de Octaviano Correia transformado em poema

Joana, a campeã

Um dia, Joana campeã
Estava muito apressada
Porque queria ir à sua aula preferida
Mas de repente foi atropelada.

Joana estava numa cama
De hospital!
Estava paralítica e para ela
Foi um imenso mal.

No hospital
Os médicos estavam preocupados
A mãe também estava
E todos ficaram desesperados.

Joana nunca desistia
Porque queria ir ao jogo preferido
Mas não queria ver, queria era participar
Pois adorava jogar!

Sua mãe estava espantada
E muito impressionada
Mas sempre continuava
A dar-lhe esperança!

Chegou à hora do jogo
E quando a mãe de Joana a viu jogar
Disse que era um jogo de encantar
E agradeceu a meta alcançada!

(alunos 4ºA)

"História em Cadeia"

História desenvolvida a partir das seguintes pistas, retiradas do “Mapa de histórias”:
Uma personagem; na cozinha; uma máquina velha; túnel do tempo; mudas de época.


Uma aventura

Num dia de muita chuva, trovoada e relâmpagos, Catarina encontrava-se na cozinha a preparar o seu lanche. De repente, uma luz muito forte foi seguida de um grande estrondo! A máquina de lavar moveu-se e Catarina assustou-se. Contudo, ela encheu-se de coragem, aproximou-se da máquina, abriu-a e espreitou lá para dentro. Ficou pasmada com o que viu: uma luz muito forte dentro de um túnel muito comprido. Catarina, como todas as crianças, ficou curiosa e não resistiu a entrar nesse túnel que a fascinava. Assim que lá entrou, sentiu uma espécie de abanão a que se seguiu um grande estrondo. Depois tudo ficou escuro e Catarina desmaiou!
Quando recuperou do desmaio, a primeira coisa que viu foi um céu muito azul e maravilhoso. Estava a admirá-lo quando ouviu um barulho ensurdecedor e, ao olhar para o lado, não quis acreditar no que os seus olhos viam! Um dinossauro corria na sua direcção! Catarina levantou-se rapidamente, tentou fugir mas o animal colocou-se à frente da menina.
- Não tenhas medo! Apenas quero estar junto de ti, para que os outros não te façam mal.
- Mas onde estou eu? Como é possível eu estar a ver e a falar com um dinossauro?! – Perguntou a Catarina completamente estupefacta.
- É possível sim, porque estás na era dos dinossauros e, como deves saber, a maioria de nós é muito mau e, por isso, podem matar-te.
- Por favor, deixa-me voltar para casa! – Pediu a menina.
- Voltar porquê? Tu estás aqui por que assim o quiseste.
- Não! Vim parar aqui depois de uma grande tempestade!
E a menina contou tudo o que lhe aconteceu ao seu novo amigo. Depois de ouvi-la, o dinossauro decidiu ajudá-la. Para isso, resolveu criar uma passagem para o tempo.
Catarina subiu para o dorso do animal e partiram à procura do melhor lugar para a fazer.
Depois de tanto andarem, o dinossauro avistou uma árvore com um tronco muito grosso. Parou e disse:
- É aqui que vamos criar a passagem
- Então vamos rápido!
Ao se aproximarem da árvore um grande estrondo se fez ouvir e o dia, subitamente, se tornou noite, de tão escuro que ficou!
- Catarina! Catarina!
- Hum! Hum! Diz, amigo.
- Que amigo?
Catarina abre os olhos e…
- Oh! Mãe!? Estás aqui?
- Porque não estaria? Esta é a nossa casa!
- Porquê? Porquê?
- Porquê o quê? – Perguntou a mãe.
- Porque tudo não passou de um sonho?!

(alunos do 2ºA)
Uma história de brigas

Era uma vez um gato chamado Briguinhas e um cão chamado Gritão que tinham o hábito de brigar um com o outro o que, em princípio, é normal entre os cães e os gatos. Eles já não tinham dono. Foram postos na rua por brigarem tanto.
Um dia, apareceram dois senhores que viram aqueles animais e decidiram levá-los para a Sociedade protectora dos animais domésticos. Lá, estes dois animais viveram durante dois anos e todos os dias brigavam, pois eles não sabiam estar um com o outro sem brigar.
Numa tarde, o encarregado da S.P.A.D. apareceu no local onde estavam os animais com uma família que pretendia adoptar um gato. E escolheram o Briguinhas.
Dias mais tarde, uma outra família adoptou o Gritão.
Depois de vários meses, o cão e o gato sentiram saudades um do outro, apesar de brigarem constantemente, e resolveram fugir das casas dos seus respectivos donos. Eles queria reencontrar-se mas durante três meses não o conseguiram.
Os donos ficaram desesperados! No entanto, tinham tido conhecimento quando os adoptaram, que os seus animais tinham uma ligação muito grande, apesar de não o saberem, e, por isso, sabiam que os voltariam a encontrar.
Entretanto, o Briguinhas e o Gritão não desistiram de se encontrar, mesmo já tendo passado alguns meses.
Chegou o Verão! O gato passeava pelas ruas da cidade na esperança de ver o Gritão. Ao tentar atravessar a rua, Briguinhas ia sendo atropelado e o cão, que andava ali perto, reconheceu-o e correu para o salvar. Nesta tentativa, o cão foi atropelado e acabou mesmo por morrer.
Briguinhas não se conformou. Não lhe saía da mente a morte do seu companheiro de brigas. Morreu para salvá-lo! Afinal o Gritão era seu amigo! De nada servia os carinhos dos donos. Desesperado e triste, o gato deixou de comer e acabou, também ele, por morrer.
Desde então, todos os animais aprenderam que deviam ser amigos, mesmo que fossem diferentes, pois assim ficariam nas suas casas e não correriam riscos.

(alunos 3º B)
Lenda do Peixe e do Tubarão

Conta-se que há muitos anos atrás existiam muitos tubarões num rio perto de uma povoação. Este rio tinha muitos peixes e era aí que as pessoas dessa povoação pescavam para poder comer e também se banhavam, quando estava muito quente. Mas com tantos tubarões isso já não era possível.
Um dia apareceu um peixe muito especial. Ele era muito forte e valente. Não tinha medo de nada!
Os tubarões ouviram falar dele mas não acreditavam naquilo que se dizia e continuavam comendo todos os peixes que apanhavam.
Uma tarde, um dos tubarões enfrentou o peixe e este massacrou-o com as suas barbatanas. A partir daí o tubarão ficou com medo. Aquele peixe era mesmo forte e nenhum dos tubarões o conseguia comer. Então, estes resolveram arranjar um plano para o derrubar: cercaram-no e, embora tivesse lutado ferozmente e derrubado alguns tubarões, houve um que foi mais esperto e conseguiu que o peixe entrasse na sua boca. O peixe começou aos saltos dentro da boca do tubarão, ao mesmo tempo que esfregava as suas barbatanas, conseguindo, deste modo, provocar dor e cócegas ao tubarão. Este não aguentou e abriu a sua grande boca e o peixe escapou.
Todos tiveram conhecimento deste facto e ficaram preocupados sem saber o que fazer. Mas, mesmo assim, continuavam por ali até que um dia o peixe resolveu negociar com os tubarões: se ele conseguisse derrubar todos eles, um de cada vez, eles e os seus filhos não voltariam àquele rio. Os tubarões concordaram e, infelizmente para eles, foram todos derrotados. Fugiram e nunca mais ali apareceram.
E foi assim que o povo voltou a tomar banho naquele rio e a pescar com segurança. Mas só pescavam os peixes velhinhos, aqueles que estavam quase a morrer.

(alunos 3ºB)
(ilustração 1ºB)
A Foca e o Golfinho

Era uma vez uma foca e um golfinho que tinham a mania que eram os melhores em tudo. Eles eram amigos, jovens e cheios de força. Eram também um pouco estranhos, pois gostavam de salpicar a água com as suas barbatanas, enquanto as outras focas e os outros golfinhos preferiam estender-se ao sol ou dar saltos e mergulhos.
Um dia descobriram que haveria um torneio de focas e golfinhos. Resolveram inscrever-se já pensando na vitória. Combinaram encontrar-se no sábado seguinte, à noite, no fundo do mar, num jardim de anémonas roxas, verdes e azuis.
No dia combinado, lá estavam eles sentados num banco de anémonas a conversar, mas acabaram por se aborrecer devido a uma teima.
- Eu vou ganhar o torneio – afirmou o golfinho
- Quem ganha sou eu – retorquiu a foca, exaltando-se.
- Isso é o que veremos! – Exclamou o golfinho.
Finalmente chegou o dia do torneio. A foca estava a fazer aquecimentos e o golfinho também. Nem um “olá” se ouviu!
No momento da partida, que foi dada pelo cavalo-marinho, ambos correram o mais que puderam mas quando chegaram à meta a surpresa foi total. O avô da foca é que tinha ganho!
A foca e o golfinho sentiram-se envergonhados. Afinal tinham sido ultrapassados por quem nunca imaginaram: o avô que era bem mais velho que eles.
Voltaram para casa e nunca mais esqueceram a sua grande derrota.

“Não podemos ser bons em tudo. Há sempre alguém melhor que nós.”

(alunos 4ºB)

O Rato e o Lobo

Num dia de Arco-Íris, um ratinho muito corajoso e curioso decidiu atravessá-lo. Quando chegou ao outro lado, viu um lobo malvado.
O lobo correu em direcção ao ratinho,para apanhá-lo e matá-lo, mas este fugiu gritando:
- Socorro, socorro! Alguém me ajude!
Enquanto gritava e pedia ajuda, o ratinho entrou num buraco e aí encontrou muitos iguais a ele. Mas ele nem se apercebeu que tinha passado por um queijinho muito saboroso! Este estava preso a uma ratoeira que tinha sido preparada pelo lobo para, mais facilmente, apanhar o ratinho.
O lobo, que perseguia o rato, esqueceu-se da armadilha que tinha arranjado e meteu a pata na ratoeira.
- Alguém me acuda! Ai! Ai! Ui! – Gritava o lobo.
- Ah! Ah! Ah! Foste apanhado na tua própria armadilha! E eu ainda fiquei com o queijinho! Ah! Ah! Ah! – Ria-se o ratinho.
Alguns dias depois, o lobo e o ratinho foram vistos num jardim, em grandes brincadeiras.
O lobo aprendeu a lição: o mal que desejas aos outros pode acontecer a ti!

“O feitiço virou-se contra o feiticeiro”

(alunos 3ºA)
(Ilustração do 2ºB)
Algumas fábulas lidas na Biblioteca foram ilustradas pelos alunos do 1º ano de escolaridade.
Aqui estão três exemplos.

A abelhinha preguiçosa

O Leão e o Rato

A pequena Leiteira