sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

"História a várias mãos"

Como já foi referido, o escritor António Cruz esteve na nossa Biblioteca para um encontro com alguns alunos. A estes, deu pistas para a continuação da "História a várias mãos" que tinha sido iniciada na EB1/PE do Caniço.
Os alunos do 3ºB foram os privilegiados.
Ora espreitem lá a parte da história que eles criaram, assim como as suas ilustrações.



[…] Nessa noite, todos foram dormir mais cedo, pois o dia seguinte prometia grandes aventuras! Apesar de tentarem adormecer, não o conseguiram. Estavam demasiado excitados e ansiosos por conhecer aquele “castelo misterioso”.
Logo pela manhã, eles partem em direcção à casa do Ti Manel. Pegam nas bicicletas e começam a pedalar furiosamente, pois tinham pressa em lá chegar.
Ti Manel recebeu-os muito bem, com bolinhos e leite com chocolate. Quando acabaram de comer, foram dar uma volta pela casa. Nesta encontraram vários animais embalsamados porque o Ti Manel costumava caçar nos seus tempos livres. Ele tinha veados, lobos e algumas aves de grande porte. Os meninos ficaram encantados com aquela casa e, principalmente, com os olhos daqueles animais que pareciam guardar mistérios e segredos.






Sofia pediu para irem visitar os animais verdadeiros. O que ela queria mesmo era sair dali porque a Tira-dentes não conseguia parar de ladrar para aqueles bichos que, afinal, já estavam mortos.
Então, Ti Manel convidou-os a segui-lo e quando chegaram ao curral ele exclamou com um grito:
- Roubaram-me os animais!
- Que animais? – perguntou o Ruben – Estão aqui tantos. – continuou ele.
- Roubaram a minha vaquinha e o meu burrinho – afirmou Ti Manel com a voz trémula de tristeza e emoção. Eles iriam engrandecer o meu presépio!
- Mas como isso é possível?! Esses animais são grandes e não é fácil fugir com eles! – exclamou o Zé um pouco perplexo.
- Concordo com o Zé. É difícil sair daqui com animais tão grandes – disse Sofia.
O João que tinha estado calado e até um pouco pensativo resolveu intervir:
- Eu acho que estamos a ser precipitados. A primeira coisa que pensaram foi no roubo dos animais, mas isso pode não ter acontecido. Acho melhor procurarmos pela quinta antes de tomarmos alguma decisão.
A Neuza e todos os outros concordaram com aquela sugestão. Dividiram-se em pequenos grupos e foram à procura dos desaparecidos.




Ti Manel não ficou muito convencido com a ideia do João. Afinal, ele conhecia muito bem os seus animais e duvidava que algum deles fugisse sem a sua permissão. Além disso, ele tinha quase a certeza que tinha fechado a porta do curral. Não obstante o seu cepticismo, ele resolveu esperar pela volta dos miúdos e não participar às autoridades locais. No fundo ele tinha uma leve esperança que os seus bichos fossem encontrados nos terrenos da quinta.
Por volta das 18 horas, Ti Manel estava nervoso. As crianças ainda não tinham voltado e estava a anoitecer. O que teria acontecido? Será que encontraram os animais? E o burro que era sempre muito casmurro, não deixaria que eles o trouxessem para casa?
De repente, ouve-se o latir da Tira-dentes.
- Ah! Estão a chegar! – pensou ele esperançoso.
Ti Manel corre para a rua e quando vê o grupo de amigos não consegue disfarçar a decepção e a tristeza pois estas estão estampadas no seu rosto.
- Não os encontraram!
- Não – responderam todos em uníssono.
- Tenho de participar à polícia!
Então Ruben fez uma observação que não era de todo descabida:
- Quem levou os animais conhecia a quinta e, por outro lado, os animais estão habituados com essa pessoa.
- Porque dizes isso? – perguntou Sofia.
- Porque os animais dariam sinal se fossem perturbados ou transportados, principalmente o burro.
- Tens razão. O burro é casmurro e se não conhecesse a pessoa de certeza que começaria a zurrar e a escoicear.
- Sendo assim, o Ti Manel que pense, tente se lembrar de alguém que visite os animais com regularidade e que os acarinhe.
- A única pessoa que aqui vem algumas vezes é o veterinário. Mas não acredito que ele me levasse os bichos. Para que os queria? Eles já são velhos e o doutor tem dinheiro para comprar, se assim o desejasse.
- Não sei. Tudo é possível – disse o João.
-È verdade, tudo é possível e não podemos descartar ninguém – anuiu o Zé.
Após algum tempo, e já cansados de um dia longo e trabalhoso, regressaram a casa não sem antes fazerem Ti Manel prometer que não se esqueceria deles logo que houvesse alguma novidade.
Os dias iam passando e nada sobre o paradeiro dos animais. Todas as manhãs logo após o pequeno-almoço, eles saíam à procura de alguma pista que pudesse resolver aquele mistério. Sim, porque era um mistério o desaparecimento do burro e da vaca. Pelas redondezas toda a gente se conhecia e ninguém ponha em causa a integridade dos seus vizinhos. Mas a verdade é que entre eles havia um ladrão.
Chegou finalmente o Dia de Natal! Este foi vivido intensamente pelo grupo de amigos. Nevou um pouco e eles aproveitaram para construir alguns bonecos de neve. Sentiam-se felizes, embora uma sombra manchasse essa felicidade: a ausência de notícias sobre os animais desaparecidos. Quanto mais a polícia se empenhava mais distante ficava a possível descoberta do que tinha acontecido e as férias estavam a acabar.




No dia 30 de Dezembro, o grupo de amigos dirigiu-se novamente à quinta do Ti Manel. Queriam despedir-se dele pois partiam nessa tarde. Queriam passar a festa do Final do Ano com os respectivos familiares.
- Vão em Paz e tenham um bom Ano Novo. – desejou o Ti Manel.
- Queremos o mesmo para si – responderam – e não se esqueça de nos comunicar se descobrirem alguma coisa. Nós, embora longe daqui, continuaremos a investigar.
- Não esquecerei e obrigado por tudo. Até à próxima.
[…]

Alunos do 3º B

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

No dia 27 de Novembro, a nossa escola foi apresentar uma peça de teatro na EB1/PE da Nogueira.
Fomos bem recebidos e muito aplaudidos e ainda nos presentearam com uma dramatização.